Clóvis de Castro

... como aprendiz, questiono tudo.Até a mim mesmo por vezes. Assim fortaleci minha autoconfiança, meus olhos e meus sentidos...

Um em especial.

O Sexto...

(Clóvis de Castro, ás 14:53 do dia 20 de janeiro de 2010)
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sábado, 24 de abril de 2010

Rabugentice que é só minha...


Faz frio. Meu corpo esta seco e indrumentado de mim mesmo. Olho pela janela para me inspirar. Existem tantas coisas... O simples fato das luzes artificiais caracterizarem a noite mágica de outono rende-me uma sucessão de estímulos, hormônios e sonhos.

De repente sou convidado a uma conversa. Uma tia muito antiga me descobriu no aperto do ônibus. “Escoteeeeeiro” disse. Sorri, amarelamente. Na vida devo ter trocado umas 8 palavras com a tia, e a muitos anos atrás. Tentei ser diferente, mas minha antipatice anti-social é muito forte. Embora minha experiência de vendedor a tenha amenizado, tem vezes que prefiro ser assim.
Daí olho pela janela novamente, não mais pela inspiração, mas pela pressa.
- Não sei como tu consegue escrever no ônibus.
Juro que minha vontade era de responder: Ah, deve ser porque não é eu que estou dirigindo...
Respirei e disse: ‘Pois é, estou acostumado’ e continuei relatando. Logo ela desceu, quando sorri verdadeiramente e a desejei uma boa noite, e tudo de bom.

Aqui no meu trono é onde tudo acontece, se repete, se eterniza. Onde canto, danço, faço a cena que eu quiser. Existem três cantos além do que estou.
Existem três paredes além da qual me escoro.
Existem três violões além do papel, caneta e mente.
Dentro de tudo e através destes me encontro de barba feita, poucas vestes e alma cantante. Tanto quanto canto, canto a vida; é ela que me leva nela...

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