Clóvis de Castro

... como aprendiz, questiono tudo.Até a mim mesmo por vezes. Assim fortaleci minha autoconfiança, meus olhos e meus sentidos...

Um em especial.

O Sexto...

(Clóvis de Castro, ás 14:53 do dia 20 de janeiro de 2010)
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quinta-feira, 29 de abril de 2010

- Bíceps e massa cinzenta,


Enruguei o nariz e a paciência, deixei expostos meus dentes e o meu limite. Dum dia como o de um qualquer, qualquer coisa finge que acontece sem motivos literais de orgulho nem desate. O que me apreende é esse meu sintoma de mesmice, quase um arrependimento. Isso me pesa tanto que mal respiro. O cérebro funciona perfeitamente, mas até o físico me atrapalha. Meus olhos embaçam, meus sentidos enferrujam, e se não fosse o meu espaço aqui eu seria um forte candidato a frustração.
Onteontem eu tive uma conversa com alguém que eu confio tanto quanto a mão direita, e tive a liberdade de apontar sua enorme dificuldade sentimental, e a desimportância por se deixar ser assim, sem olhar pro meu rabo e ver que sofro de algo ainda pior. Será que não sou tanto quanto preciso para admirar-me? Seriam os resultados? Não, a falta deles.
Eu tenho um livro ou muitos na prateleira, mas de nada servem além de empoeirados se não os ler. Talvez internamente eu veja a minha capacidade e meu limite, e ridicularizo-me ao julgar-me capaz de o expor aos dentes, através de um momento de descontrole ou raiva.
A prova de que tudo pode piorar tanto quanto melhorar me assusta e motiva; me diferencia e me inspira.
De um ou mais verões, vários nomes e tons de pele.
Enquanto lapido-me, uma foto cairia bem.
Nem isso...

Então, mãos a obra!



P.S.: Leia de novo ao não entender e ter-me por louco.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Olha lá...

Hoje o sol nasceu de trás do horizonte, do lado leste de qualquer lugar. A maneira que surgia aos olhos de quem alcançava, iluminava... esquentava... decretava o término do ciclo noturno do orvalho, ao mesmo tempo que saciava os ‘fotossintesianos’. Com a velocidade ininterrupta da luz, descobria trilhares de cm² por segundo, dando sentido ao tempo, em todos os sentidos. Um show fantástico a parte, diário e despercebido.

Alguém diz:
- Tempo bom.

Um céu azul como poucos no universo, limpo tanto quanto o branco, e uma temperatura perfeitamente exata pra um habitat subtropical.
Paira um ar penoso e de renovação ao mesmo tempo.
Algumas folhas ou todas caem. Substituem-se.
Roupas do maleiro ao varal;
Um circo novo de novo a cada ano.

É o outono! A estação que tanto ‘me gusta’.



"Quando agente acha que sabe todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas."

domingo, 25 de abril de 2010

Música que vem da alma...



Música, o que é a música?

Bom, ‘dicionariamente’ falando, é a forma de arte que combina sons e silêncio, seguido ou não de uma pré-organização de tempo. Xiiiii.. Complexo né? Na verdade a música se confunde com a própria evolução da inteligência e cultura humana, não tendo uma definição certa. Quem não conhece o famoso “Shananá nananá”? Complicou mais a definição né?
Fato, é que existem muitas canções por ai que críticos difamam e não consideram música. Pode soar mal aos ouvidos de muitos, letras estúpidas e sem nexo ou educação inclusive. Mas ainda é música. Resumo na minha sutil ignorância que música é qualquer som que seja capaz de me embalar ao ouvir, e fico feliz com essa definição.

Quem não sabe, eu faço letras de músicas. Sim, vivo abaixo de música.

Tudo começou aos 14 anos. Estudava história da música no colégio, e tive que fazer um trabalho com outros colegas: Fazer uma letra de música.
Conversamos e bagunçamos no tempo cedido em aula para fazer e tive que terminar sozinho em casa. Como já tocava violão, resolvi fazer a melodia junto, e pedi ajuda a meu irmão. O resultado foi uma letra tão instrutiva quanto “Vai lacráia vai Lacráia”. Mas por ai surgiu a vontade de compor e musicalizar, e não parei mais.
Hoje tenho cerca de 50 músicas, alguns textos, poesias e tudo que a mente resolver relatar a sua maneira no papel, violão ou sussurro vocal; que muitas vezes se perde na memória ou em papel molhado no bolso da calça.

A minha música vem da alma, e faz parte da minha filosofia de vida. Canto o dia todo, o tempo todo, e principalmente naquelas horas que as pessoas falam baixo sabe, como na rua, no trabalho ou no ônibus. Qualquer lugar é um baita lugar. Inconveniência pura, mas sou assim mesmo.
Vem da alma sabe...

sábado, 24 de abril de 2010

Rabugentice que é só minha...


Faz frio. Meu corpo esta seco e indrumentado de mim mesmo. Olho pela janela para me inspirar. Existem tantas coisas... O simples fato das luzes artificiais caracterizarem a noite mágica de outono rende-me uma sucessão de estímulos, hormônios e sonhos.

De repente sou convidado a uma conversa. Uma tia muito antiga me descobriu no aperto do ônibus. “Escoteeeeeiro” disse. Sorri, amarelamente. Na vida devo ter trocado umas 8 palavras com a tia, e a muitos anos atrás. Tentei ser diferente, mas minha antipatice anti-social é muito forte. Embora minha experiência de vendedor a tenha amenizado, tem vezes que prefiro ser assim.
Daí olho pela janela novamente, não mais pela inspiração, mas pela pressa.
- Não sei como tu consegue escrever no ônibus.
Juro que minha vontade era de responder: Ah, deve ser porque não é eu que estou dirigindo...
Respirei e disse: ‘Pois é, estou acostumado’ e continuei relatando. Logo ela desceu, quando sorri verdadeiramente e a desejei uma boa noite, e tudo de bom.

Aqui no meu trono é onde tudo acontece, se repete, se eterniza. Onde canto, danço, faço a cena que eu quiser. Existem três cantos além do que estou.
Existem três paredes além da qual me escoro.
Existem três violões além do papel, caneta e mente.
Dentro de tudo e através destes me encontro de barba feita, poucas vestes e alma cantante. Tanto quanto canto, canto a vida; é ela que me leva nela...

sexta-feira, 23 de abril de 2010

- Aqui em cima,

Não sei o que aconteceu, mas cai para os ímpares novamente. Acho que voltou tudo ao normal. Se for assim, melhor. Já estava em tempo, e, dando-se o tempo das tardes frias, me faço poeta com mais facilidade, com mais estilo; o estilo da estação.
Aqui em cima tenho alguns livros. Misturam-se auto-ajuda, livros de psicologia, vida ao ar livre, política, estratégias e outros. Atrás destes, quatro cadernos que descrevem de uma forma diferente dias e noites bem vividos, lições e devaneios. Boa parte escrita depois de ter lido alguns desses livros aqui.
No cantinho, ainda aqui em cima, encontram-se dois livros separados dos outros. Uma gramática da língua portuguesa, e um polígrafo xerocado que dispõem algumas leis. Estes lidos com mais freqüência devido ao empenho em um concurso próximo, onde concorro com outros 236 indivíduos. Ótimas chances!
Além disso, ontem me reencontrei com alguns amigos e uma parte minha que não via a um bom tempo. Uma noite chuvosa e fria, mas proveitosa e feliz em todos os outros sentidos. Na estação que é a minha cara, em tempos não muito fáceis e condições desfavoráveis, vou escrevendo a modo como vivo.


Dó maior por obséquio; 


‘Braços fortes, pele fria
Corpo aberto, mente fazia
Passos largos, vista adiante
Futuro incertoe é assim que eu vivo, vivo, vivo...’
(Clóvis de Castro)


quarta-feira, 21 de abril de 2010

Quando eu parar de crescer...

Quando eu crescer, quero ter uma casa. Mesmo que eu não durma nela todos os dias, a quero mesmo assim.
Quando eu crescer, quero estar perto de pessoas mais inteligentes do que eu, para que eu possa viver minha metamorfose como mutante nato, aprendendo sempre. Errarei muitas vezes, eu sei, mas quero mesmo assim.
Daí quando eu crescer, vou acreditar mais no tempo. Vou rir dos meus tropeços e da euforia por querer acelerar ou retardar o relógio quando jovem. Me atrasarei muitas vezes e minutos preciosos ainda me faltarão nas horas mais inoportunas. Crescido, correrei atrás dele mesmo assim.
Quando eu crescer, quero olhar nos olhos dos outros como olhava quando criança. Poderei ser passado pra trás, magoado ou ferido, mas assumirei a simplicidade e humildade mesmo assim.
Quando eu crescer e for bem grande e forte, quero viver intensamente e manter-me sempre assim, para que na velhice possa continuar desfrutando de tudo, na mesma intensidade, com olhos de águia e maturidade de um imortal. Médicos vão dizer para eu parar com isso, não terei tanta saúde... Mas viverei assim, mesmo assim.
Mas vai ter um dia que vou parar de crescer. Será um momento exato, mas segundos antes dele quero poder dizer ‘eu te amo’ a alguém, sentir algum cheiro que lembre algo e sorrir ao fechar os olhos...


"O essencial é invisível aos olhos", e faz a vida valer a pena.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Olha a búuuuxa !



O tempo ta bravo. Trovoadas e clarões tomam o céu. De repente passa pela minha janela de barro uma bruxa. Sim, uma bruxa dessas de contos de fadas! Claro que ela está em sua vassoura, chapéu bicudo e uma verruga no nariz!
Pé por pé, faço a volta e saio pela porta, meio desesperado e ao mesmo tempo curioso. Chego perto. Sinto um cheiro de perfume de flores ao vento. Daí meu pai grita em algum lugar: "Durmiremos com chuva” e eu quase perco a atenção. Mas ela continua ali.
Subliminarmente, ‘invisível’, ela resmunga qualquer coisa como “é, to cheia de trabalho”. Mas aquilo não teve importância, e eu cheguei mais perto. Escutei sua respiração, bem de bruxa mesmo sabe. Ela me sentiu também, mas não reagiu. Permitiu. Pensei em estender a mão, puxá-la pela capa preta e comprida, ver seu rosto! Mas tenho medo. Medo de que ela não seja bem como sempre imaginei nos Contos de Fadas. Fiquei ali estático, e essa imobilidade quase me fez mal. Enruguei o nariz como quem desgosta e olhei para minhas mãos. As coloquei no peito e me olhei do jeito que consegui.
Sorri.
Senti o cheiro novamente quando me fui, espreitamente, caminhando de costas até meu quarto. Pela minha janela de barro a vi só, e fui dormir.

domingo, 18 de abril de 2010

Quanto mais um, menos um.


Eu quero. Quero...

Eu quero um tempo pra mim sabe. Meu momento egocêntrico que ainda não conheço. Eu não sei me proporcionar isso na verdade. AINDA. Dias vão sendo vividos, e a ficha vai caindo, sem precisar balançar. Já balançou o suficiente pra essa vez. No final de tudo, me conheço e me aceito. É sempre assim, não no sentido de mesmice, mas de conseqüente.

Amanha é um grande dia, como cada próximo e todos os que vieram.
Hoje quero de um jeito diferente de tudo e de sempre. Uma bebida sem álcool e musica ambiente pra relaxar.
Sempre soube que era assim né, porque deixou ser assado?
Não, não! Meu nome é ‘Rabujento’, sobrenome ‘Teimoso’.
Mas meu apelido é ‘Insubstituível’ e naquelas e todas as outras horas tu tinha-me como... a 'Linha da Vida'.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Que sacrifício!



Ergo o tom, e escuto a RÉ arrebentar. Paro tudo. Cansei. Venho ao papel reinventar.
Um dia julguei me conhecer por completo; outro dia, previsível; Hoje.. que dia é hoje?
Ah, hoje tem janta aqui em casa, aniversário da minha irmã. Prometi me comportar, mas vai ser difícil.
Meu cérebro anda tão desatento! Resquícios de antipatice afloram-se. Desalentos de desventuras se esquecem, como se tempo não mais houvesse pra isso; penso e só. Já fui mais eu, mesmo desconhecendo-me. Estranho, mas estou me esgotando. É estranho. Tudo foge, até as palavras; onde frases se encurtam e perdem o sentido. Textos se encurtam e perdem o sentido. Ponto final.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

- um plano.



Meio a turbulências, dias não muito fáceis, uma noite mal dormida e um dia pouco sortudo... surge um plano.
Um plano não muito complexo, mas de grandes proporções; onde o início e o meio são bem planejáveis e executáveis, mas o final é imprevisível e decisivo.
Um plano com muitas batalhas, onde as derrotas, ainda sim, não definem o final da guerra. Tudo regado a astúcia, emprego, esforço, amor e adrenalina.
Um plano com motivação pra mudar o mundo, pouca modéstia e pés hábeis para voar...

Me espera na janela.


quarta-feira, 14 de abril de 2010

Despregue-se!


Eu li num nick de MSN, que ”a vida é simples. Nós é que complicamos.” Meu Deus, isso foi a coisa mais simples e verdadeira que já parei pra analisar! Quantos obstáculos o homem enxerga e até cria no mais simples caminho? Quantas vezes deixamos de analisar a natureza, como exemplo de complicada simplicidade? O simples e rotineiro desabrochar da rosa; ou a aranha, ao armar a teia certeira e esperar a mosca, no descuido, pousar e se enrolar. Cara! A vida é simples, nós é que complicamos. Isso é a maior prova de que bens materiais não são o que nos trás alegria na vida, definitivamente; e sim, “o amor que agente leva...” Sinta e comprove.
Pra começar, pensemos na família, nos amigos, filhos, netos, no nascer e pôr-do-sol, nas noites de lua, naquilo que simplesmente te faz sorrir... sorria! Pense nas criançinhas, nos dons do gato, no céu estrelado, no gosto, olfato, audição, visão, na boa saúde, na saudade, ohhh saudade! Nos lagos, nuvens, sexo, na capacidade de fazer escolhas e na própria vida! Tudo grátis e ao alcance do homem.

Por muitas vezes enxergo gente esquecendo-se de tudo isso. Substituindo valores, essa é a expressão. Em um planeta finito, seres mortais se tornam infelizes e sem graça, sem cor... Despregue-se! 

Quando o vento bate, a porta bate.
Junto dele o cheiro, o teu cheiro.
Daí fecho os olhos, fecho um pacto.
A cortina pára. Não pára!
Um segundo depois sorrio.
Enfim, “é só o amor que agente leva...”

terça-feira, 13 de abril de 2010

em nome do pai, do filho, e da favela de lixo, amém!


Me lembro que quando pequeno eu rezava todas as noites. Agradecia pelo dia, pelos pais e sempre pedia algo no final das orações. Inocentemente muitas vezes, bens ou qualquer outra coisa de mesmo cunho. Infância boa, feliz e comum.
Com o passar dos anos, questionei minha fé infundada, a existência de um Deus e parei de rezar. Nem o coloquial “graças a Deus” fazia mais parte do meu vocabulário.
Essa fase chamo de ‘adolescência’.
O tempo foi passando, novas questões fui discutindo comigo mesmo e esses conceitos ‘revolucionários’ foram esquecidos, desimportando-se. Assim fui me fazendo sem religião; um credor dos próprios esforços e construtor do próprio destino a que me pertencia. Nunca diferenciei religiões, Deuses nem fiéis. Até pesquisas sobre fé e algumas religiões por curiosidade realizei.
Mas ai o tempo se passou, e ontem a noite, me vendo em um conflito mental, instintivamente me pus a orar e me surpreendi. Me surpreendi por não lembrar daquela oração que todas as noites repetia quando pequeno. Relutei, e após alguns minutos imaginei ter relembrado, e disse ‘amém’.
Hoje paro e vejo que educados, criamos um impulso, um instinto. Rezamos e pedimos ajuda quando nos julgamos impossibilitados de resolver algo ou situação, como se assim, um Deus nos escute e nos ajude. Tem gente até que reza pra se punir, absorvendo-se imediatamente após a maratona de repetição.
Cada um tem o seu quadrado, e no meu existem portas e janelas abertas em cada aresta. Ainda sim levo crendo no que toco e no que meus olhos se permitem imaginar e realizar. Pode ser ceticismo ou egocentrismo demais... Mas tem tanto morro de lixo desmoronando e matando gente por ai pra preocupar-nos né?...


" Alguém falou que era impossível. Ele foi lá e fez."



segunda-feira, 12 de abril de 2010

gota salgada...


Talvez exista um jeito. E eu sei que existe. Mas é tão difícil... Por quê?!
Eu sinto coisas tão estranhas. Minhas mãos tremem, meu corpo esquenta e como se fosse sofrer uma mutação, fico eufórico e quase explodo. Mas controlo-me.
Essa noite me acordei chorando. Por quê?!
Por que as dificuldades, obstáculos me chamam tanto a atenção se sou apenas um beija-flor? Meu ego é forte, isso eu sei, mas meus braços ainda são de um simples primata de 21 anos de idade. Por que vejo a solução em tudo, se é muito mais fácil aceitar como se é?!
A verdade é que já estou cansado de tudo isso mesmo quando penso que estou tranqüilo. Agora deixei caírem lágrimas novamente, as mesmas da madrugada, e as entendi melhor. Pra tudo existe um preço, e as vezes o preço é caro.

Esse é o pago por ser eu...

domingo, 11 de abril de 2010

Um dia como hoje...


Eu não tenho dinheiro, nem vergonha pra muitas coisas...
Eu levo uma vida diferente do que quase todos levam, e embora eu não “seja ninguém”... eu tenho o que me faz bem. Deito e durmo, e continuo acreditando no sonho depois de “vivo”... Assumo meu papel na realidade, e apresento meu ego a todas situações. Não perco por desleixo ou comodidade, mas com a certeza do acerto.

Eu não tenho dinheiro, nem vergonha pra muitas coisas...
Mas tenho a felicidade difundida na gargalhada de praxe, uma cor de rapadura-de-leite no verão e um coração que as vezes chora...

Por não caber dentro das costelas...



( Clóvis Castro, ás 11:44 do dia 05 de novembro de 2009)

sábado, 10 de abril de 2010

Claquete 5648...



É engraçado como nos filmes legais sempre terminam felizes e pra sempre, e muitas vezes com um beijo no final. Indiferentemente do tema, terror ou ação, o moçinho sempre se da bem no fim. Será que na vida real também é assim?
Se sou um cineasta, meu filme é em Blue Ray, 3D e investimento $ zero! Muita ação, romance... Um pouco de drama e comédia também fazem parte. Na falta de ator, interpreto o vilão e o moçinho. Meio a meio. Um de cada vez, por inteiro...
No espelho cara a cara, o tapa e a face. De repente tomo um tiro e coloco a língua para fora como quem diz “quente e sem gás”. Mas continuo.
Continuo porque no final o moçinho sempre se dá bem, e quem sabe até lá o tapa e a face me distingam do vilão e eu ainda termine com um beijo?!..

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Chuva...

Eu posso correr e cansar. Eu posso sentir e gostar. Eu posso novamente ouvir e calar-me. Então corro para não cansar de sentir o gosto do 'de novo'. Espero e faço o novo.
O novo com cheiro do que me pertence. Com cheiro do meu corpo.
Eu penso, e, leia quem quiser, depois da virgula tudo passou a ser lei. O ponto me dá folego e o parágrafo a chance de me fazer perceber. Percebes?
Assim vou. Treino meu diafrágma para uma respiração mais proveitosa e menos cansada. O alvéolos agradecem. Mais tempo para viver, durmir e escrever.
Viva a comunicação e todo o seu desenvolvimento!
Em uma cidadezinha embarrada e sem localização nenhuma, penso no branco e letras mais uma noite. Chuva e frio. Que noite!
Boa noite...

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Alada a mim...

Eu não sei, eu não enxergo. Eu não desisto mas também não insisto. Talvez esteja escrito, e assim prefiro não pensar. Sigo. Eu sigo o meu, mas o que fazer quando o meu leva-me a ti?! Ou é o teu que a mim segues, no esconderijo da saudade, da espera? Não mais espera! Luta! Chega dos ’20 dias’ de ilusão, de incertezas e de seja lá o que seja. Abre o peito e voa! Voa que teu pouso é no meu peito; ele, daquele jeito mole que conheces e ama omissamente.
Faz dos teus finais de dias e noites o melhor que a vida pode proporcionar. Ama e seja feliz! Voa! Voa que teu pouso é no meu peito, e eu te tenho aqui.
Arranca da pedra tua espada, e grita não com a garganta, mas com a alma. Alma amante e pura que tens meu coração preso voluntariamente. Entorpecidamente.
Não mente. Não mente a ti. Sente. Sente que foi dentre a chuva da primeira vista e as lágrimas da partida que o real se projetou do sonho; um sonho real, um sentimento umbilical. Luta! Luta e voa que teu pouso é no meu peito...

quarta-feira, 7 de abril de 2010

ABClóvis


Olho para o lado. Parede. Parede branca. Cheiro artificial. O ambiente me dá calor e sono. Destapo-me. Me vejo no reflexo; mostro os dentes e as faces. Paro e relembro. Lembro de uma noite feliz. Sorrio...

Instantes depois, bem-cheiroso e com o cabelo molhado, visto as calças e os apetrechos: “ to bem” – digo. Ponho o óculos e saio. Mas volto logo e me ponho a ler. Eu adoro ler. Daí fico lendo... Descanso os olhos ocupando os dedos e a garganta. Volto a ler.

É fácil ser o terceiro ao escrever. Difícil e sentir. Mais ainda é escrever o que se sente. E ainda tem gente que não sente... Impertinente né? Mas fazer o que?..
Vou ler.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

tá, tá aí..

Então toca. Vai lá e me toca. Não duvido nem suplico, mas no fundo acho que faz parte do teu passo. Passo sem compasso na teoria, como se tivesse cheio do ’politicamente correto.’ A prática é isso.
Então voa. Voa e me ensina pois me cansei de pular, e embora alto, ainda desconheço a constância e a vivacidade de um vôo pleno ou desesperado que seja.
Me provas que sabe. Que sabe não mais nem menos, mas mais ou menos aquilo que eu nunca soube. Já me basta.
Vem. Vem que eu quero te ver e talvez como nunca te ter nos braços, e ter a certeza que o incerto nos surpreende até no que julgamos daqui pra frente previsível e sempre igual. O mundo girou e por vezes a lua atravessou o céu como tantas outras noites, mas sentiu falta de parar para nos ver amar o outro. Um ao outro..

sábado, 3 de abril de 2010

- nada vai nos separar,


Por hoje, um dia repleto de sorrisos. Acredito sim que deve-se ao novo ciclo – Eu metamorfoseando como sempre, arrumando um motivo novo e especial para agir. Donde surge tanta vontade, diversidade e desdém? Ah.. sem perguntas difíceis hoje. É cedo e to caindo de sono. Minhas pernas e costas doem como se eu tivesse carregado pedra o dia todo. Olhei pra minha viola agora, oh colorada. Me pediu colo e eu dei, mas sem muito conforto. Ela me entende sabe... Me chamou então para seu lado, na cama, e eu sujo e mal-cheiroso neguei. ‘Só depois do banho...’ disse. Mal sabe ela que vou sair mais tarde, e voltar mais tarde ainda. Mas ela confia em mim. Sabe que sou um guri bom, desses que nascem direito e escrevem com as duas mãos sabe... Entendo ela como ninguém. Também. E enquanto isso tudo junto se completar, ela ao meu colo e eu no seu... músicas e etcétaras repercutirão. A história minha e dela; Vermelha e a Fera.

"...Volto armado de amor
Para trabalhar cantando
Na construção do amanhã.
Reparo a minha esperança
E canto a clara certeza
Da vida nova que vem..." 


Amo o que tenho cada dia mais e mais, pois é isso que me fortalece.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Bái bái!

Pensei, pensei até as costas doerem. Sinto meu peito cansado para sentir qualquer coisa. Nem vontade de sair, nem de ficar em casa. Pensei em escrever uma música, daí começa a chover. Vou abrir a janela que o dia todo ficou fechada. Escuto a chuva. Hummmm, cheiro de terra molhada, esta que sempre nos traz lembranças da infância, não é...?
“Tudo se pode quando se quer”. Voz feminina e embriagada. Sigo nas minhas teclas, e todos os 35465 sentidos a flor da pele. Pele queimada e quente. Mente alerta como um guepardo à sua presa. Como uma bomba e seu segundeiro nos 3 segundos. 2... 1.... BOOOOOOMMMM!!
É.. BOM. Então que seja. Penso em encerrar por aqui, mas estou em casa. Escreveria a noite toda até cansar de ouvir meus dedos. Pout’s! Hoje é 1° de Abril e eu não enganei ninguém! É.. talvez a mim mesmo o dia todo.
Eu me conheço tanto, mas não dessa vida. Talvez pelo cheiro da ferida. Lembro de setembro, onde tive um relapso dessa sanidade passada, e como muita coisa nessa minha velhice não se completou. Meu ceticismo me trai muitas vezes. Só eu enxergo.
Anota ai: 1° de Abril de 2010.

É... no dia da mentira, me liberto disso tudo...