Clóvis de Castro

... como aprendiz, questiono tudo.Até a mim mesmo por vezes. Assim fortaleci minha autoconfiança, meus olhos e meus sentidos...

Um em especial.

O Sexto...

(Clóvis de Castro, ás 14:53 do dia 20 de janeiro de 2010)
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sábado, 31 de julho de 2010

Viva isso tudo.

Sei que não existem motivos que justifiquem de maneira clara e objetiva o porquê não escrevo de maneira mais clara e objetiva, mas prometo me esforçar por hora.
Por toda minha vida agi de forma a ser compreendido. Confesso que nada me deixa mais fora de mim do que ser mal interpretado. Também, por muitas vezes, tentei me definir, mas nunca consegui - e nem vou.

Ainda que os anjos decifrassem o que penso, voltariam loucos aos lares celestiais. Ainda que meu idioma explicasse-me em plavras e sentimentos, tudo soaria como música descompassada a tímpanos e retinas pseudo-humanas.
Ainda que eu partisse do zero, começasse a recomeçar, minha consciência retornaria-me mais convicto do que sempre, mais rápido do que nunca. Não que e traçe a solidão, mas não mais busco que compreendam-me. Tirei o mundo das costas e o coloquei ao alance das minhas mãos. Eu sinto muito. Eu os entendo. Quem sabe não faria e pensaria as mesmas coisas...
Mas hoje, como nunca, não posso parar. Me espus o suficiente para não desistir.

Enquanto sentir o que sinto, ver como vejo, ouvir quanto ouço, viverei isso tudo ao som da minha música. Inconsequente, incompreensível ou displiscente, ainda "sou dono do meu destino, capitão de minha alma".

Feliz o dia que gargalharemos saúde e beberemos algo à mesma mesa, à mesma pátria.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

E é por essa e outras que o mundo anda assim. Mesmo que não se conheça o presente nem nada sobre o mundo, essa frase sempre vei valer.
Um dia agente cansa de falar, de implorar, de confessar e dá mais valor a balança que pesa as coisas do que as próprias coisas. Mas agente aprende... Nesse dia agente aprende muito!
Ah... Chega dessas frases motivacionais, de exemplos mal exemplificados e sem objetivo. Cheeega de pensar em quem votar pra presidente, no que cursar na faculdade, com quem vai se casar. Cheeeeegaaaaa! Chega de correr pra emagrecer, de estudar pra ficar rico, de se pré-ocupar!
Eu não vou limpar a cáca de ninguém, nem apontar pra alguém ou me mexer pra me tornar um herói. Estes sempre morrem - Os humanos não.

sábado, 24 de julho de 2010

Do amor ao pó. E dele, a imensidão.

Ninguém sabe o que lhe faltava. Minutos eram superestimados, pois ao lado deste sempre seria completo. Ele sabia. Ela não via.
Como se não bastasse, se afastava o suficiente, sempre, pra sentir falta e voltar. Sempre voltava. Um dia não mais. Alguém disse o que nem ele mais acreditava, mas ele contiuou.
Depois desse dia, suas costas não doeram mais, parou de emagrecer, mas a certeza que sempre tinha se tornara, aos poucos, obsoleta. Ele tinha algo no coração que jamais ninguém entendeu. A ele era claro tanto quanto puro e... impenetrável. Nenhuma técnica ou definição 'freudiana' se aplicava de maneira prática, tão menos teórica. Seus olhos definhavcam-se, caricaturamente. Talvez não fosse a infelicidade, mas a falta dela.

A quem diga que eles se entendiam, se correspondiam, mas todos acreditavam, também, que isso poderia acontecer com um pouco menos de sofrimento. Era lindo vê-los e senti-los como um espetáculo ou um por-do-sol. Era comum e engraçado a incomunicância deles gerada pelo medo, pela dúvida e pela falta de alguma coisa; algo que até hoje nenhum nem ninguém conseguiu desvendar. Era triste vê-los longe, um em busca do outro, sem compreender que o destino já os aproximara uma vez; sem enchergar na simplicidade do amor a complexidade de suas existências.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Dizia ele...


Era belo. Inteligente e inovador. Cantava bem, dançava bem. Encantava. Tinha um sorriso cativante, voz possante e olhos provocantes. Amava como ninguém e se apaixonava.
Tinha um estilo e um amor próprio que as vezes confundia. Sua maestria misturava-se a arrogância de tal maneira que o tornavam, as vezes, insuportável  a alguém sem paciência. Escrevia tudo o que pensava e trabalhava sempre com a realidade. Até nos sonhos era cético. As vezes era subestimado, mas sempre surpreendia. Se o prejudicava ou não, não sei, mas dificilmente errava. Quase esqueci de dizer: desconhecia a modéstia.
Ficaria o dia todo falando dele, mas no fim deste já teria mudado.
Maravilhoso e único para uns, maniático e chato para todos. Único por si só; não porque todos somos, mas porque nunca se ouviu falar de ninguém parecido vivo...

terça-feira, 20 de julho de 2010

Sonhos simples.

E como dizia o poeta:

Os dias vão passando, as melancias vão se ageitando
E mundo vai girando porque ele sempre gira
E no embalo do 'toc toc' os sapatos tocam a lua
Como se aqui, nessa rua, se estendesse o início do "meu lugar algum"

Se não é, eu faço. Se for quase, eu topo.
Se for noite eu sonho, se for dia... também sonho.

E quando escutares rumores sobre dias e noites de amores
Sei que sonharás como se fizesse parte.
Eu faço parte, e sonho mesmo assim.
Que mal faz se fazes parte de mim?

sexta-feira, 16 de julho de 2010

- Baby Baby...


Olá Baby. Tanto tempo se passou. Nem lembro mais como te via nem como vivíamos, apenas como me enxergava. Eu não entendia Baby. Até cego fui por um bom tempo. Lembro da ingenuidade, da pureza, da luta e da nossa química que hoje é só tua. Foi tudo tão rápido, tão louco e tão recompensador. A dor também trás algo muito valioso: O carinho e a compaixão. Admiro-te e respeito, embora apenas um ‘oi’ disfarçado nos una.

Mas Baby, eu mudei não veres?! Dois anos são quatro na escala do meu tempo! Sempre foi assim. Ah sei, contigo nunca foi. Aprendemos melhor longe um do outro, agora vejo. Mas você... Você és mulher. Minha menina, mas mulher. A mesma debaixo dos lençóis, depois do banho ou ao acordar, mas a vida ensinou-te a viver os dias de outra forma. Eu nunca conseguiria. Não me esnobes como sempre fez, não tenhas medo de viver o que sentes, embora momentâneo ou incerto. O dia passa, e desperdiçar o outro pensando como seria o que passou é um erro e pode doer, sabes bem.

E você Baby, como estás? Ontem eu te vi, e me falou algo sobre os sonhos. Sempre quis que lutasse pelos teus, e até me imaginei sendo ou fazendo parte de um deles um dia. Falhamos, sabes... Sei que acredita no tempo mais do que eu, mas não deixe que ele tome conta. Assuma o controle. Não gosto de te ver abraçada no destino, vivendo na escola da vida e não aprendendo nada. Se ainda vejo o teu desconhecimento das coisas, porque esperaria que tivesse por mim, né? Baby, da vida só levamos o amor, “então plante seu jardim e não espere que alguém lhe traga flores”.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Viajem - De volta a minha terra.

A geada fina cobre o pampa amanhecido. O horizonte cor de laranja , aos poucos, ilumina as plantações, as casas e o resto do céu.

Minha terra.

Não só pelo quero-quero avistado no campo, nem pelo tempo calculado de viajem, mas pela arquitetura natural em si; pela essência do ar sulista que só um bom gaúcho do interior sabe reconhecer.
Nesse momento minha paz se faz no metro de janela me é disponível. Através, a simplicidade capaz de me fazer feliz.
Minha terra.

No shopping.

Por que me abates? Por que me tocas o sentimento? Certa angustia, simples tristeza. Por que?
Vejo ali a ingenuidade, alegria e a despreocupação. Mundo pequeno o és. Vejo o tempo que passa por qualquer motivo, sem pressa. Vejo o comodismo, a chatice, a ansiedade e um pouco de inveja. Também vejo o trabalho, o passeio, os sofás vermelhos e um pouco de sol. Vejo a massa futurística e um representante da atual e cômoda aposentadoria - ou a espera dela.

Donde vens essa tranqüilidade ao observar e escrever? Como um dom que não sai do meu script, me torno ás naquilo que cura meu estresse. E quanto.
Alguém lê. Outro não entende. O resto subentende mas eu vivo, ainda vivo.
De tudo aquilo que não sei, uma pequena parte para quem se prestar a tentar compreender.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Momento.

Não vejo nenhum 'All Star' além do meu. Como poucos, não visto boné ou óculos escuros. O som me agrada, a vibe também. Hora de me distrair do resto do mundo. Aqui, domingo é comum: pagode e futebol. A ceva é só uma. A diversão também.
As vezes o sotaque me graceia. Sorrio e escrevo.
Perguntam: O que escreves?
Sorrio novamente...

Puxa o pão!

E ai vem peixe! Quase 20 homens se esforçam puxando a rede; um, dois km para uma ou duas toneladas de pescado. A cada amanhecer uma surpresa. É claro que a época e os anos de experiência ajudam, mas o frio na barriga misturado ao cansaço é o que motiva esses nativos pescadores buscar o pão de cada dia no mar; este  que é sempre justo.
Já avisto os pimeiros. Tainha, pescadinha, até arraias e carangueijos caem na armadilha humana.
Não consigo distinguir se, para os pescadores, esse ritual diário é mais do que apenas necessário ao sustento. Se vivem o hobbie, sentem o prazer como muitos em suas profissões - se nativos pescadores, "manés da ilha" viveram outra oportunidade a não ser a repassada da antecessora geração.
Por um instante viajo, mas volto ao notar o circulo que quase forma as bóias superiores da grande rede.
Gaivotas. Dezenas delas sobrevoam a "sala de jantar", anciosas pelo banquete fácil. E eu, que não sou de ferro, encerro aqui pra me juntar aos curiosos.

À beira mar;

Eu ainda não sei o porque vim pra cá. Sinto apenas que tinha que vir, e o fiz; Neste lugar, nesta rua onde por vezes passei e com certeza nunca foi tão belo.
Desliga o mp4, escuta o mar.
Eu já subi aquele morro, já me banhei naquele rebate. Já reuni turistas aqui, ao som do meu violão. Já bebi desta salina que como nunca quis viver um dia.
As gaivotas fazem sua digestão onde muitos como eu, com outros olhos, sentem a brisa oeste bater à nuca.
Ainda que as nuvens encubram o meu sol, sinto a praia, que, na mesma situção que eu, irradia toda sua beleza que o homem jamais a tirará.

Viajem - Chegada


Favelas. Asfalto. Arranha céus e conjuntos habitacionais para baixa-renda. Solução pra muitas coisas mas o nascer do sol... Ah! O nascer mais belo e pontual de todos os habtat's. A anciedade nem se compara com a que um dia foi.

Olha o mar, a ilha. A tão querida Heicílio Luz. Já sinto o cheiro da coxinha de galinha da rodoviária, a correria do trânsito e a pressa de absolutamente todas as pessoas.
Primeiro sentimento: Carinho.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Frases com muito nexo.

Eu to sujo, imundo e fedorento, mas nada muda meu pensamento nem fere meu ser.
Eu estou de cara limpa e alma lavada. Perdido e ciente como o mais feliz dos felizes.
Hoje eu vou dormir pouco e sonhar que nem louco pra contar para os meus netos.
Amanhã eu vou estar em outro estado – de felicidade, de humor, de curiosidade e geográfico.
No passado eu aprendia as coisas na marra, hoje mais ainda.
E onteontem eu tomei um fogo como o mais feroz dos que me derrubaram.
Depois de amanhã, sinceramente, não sei quem serei, nem o que acharei das coisas e pessoas; de mim mesmo e nem do tempo se chove ou não – se é dia ou não.
Agora estou com sono mas sem vontade de dormir. Mas só em pensar no banho, arrumar o quarto e tomar café, o sono aumenta e a vontade chega ligeirinho...
Tenho olhado menos no espelho, mas me visto em muitas coisas e pessoas. Faça isso às vezes. Rende.

Vou me acordar apenas pro almoço
Carne com osso, arroz e limonada.
Mala por fazer, a tarde pra correr
A noite ansiado e um outro dia implanejável. Adoro-os.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Tragédia no espaço social.


E hoje eu vou pra noite. Não importa o que não importa, hoje os conceitos são perfeitamente mutáveis ou burláveis. Como (de comer) qualquer coisa, alguma ligação e a desimportância que eu tanto queria; esperava que se fizesse logo.
Depois vem quarta-feira, e eu preciso já saber o que serei. Acho que saberei. Falarei. Sei que serei e lutarei.
O que meus olhos estão vendo será meu e mais apenas de quem ver também, então precisas correr. Hoje nem faço mais questão que isso aconteça como antes fazia. Surpreenda-me.

Debaixo do chapéu, não só um cabelo ruim em um corte cafona. Há um príncipe que aos poucos o tornam Rei. Tudo o que se necessita e um pouco mais para se transformar em outro, mas ele foge. Foge e mesmo que seja de contra a si mesmo, ou ao passado, o chapéu voa e a silhueta dos cabelos desarrumados ao vento se faz engraçada e curiosa. Alguém se atreverá a perguntar o porquê, mas a maioria silenciará. Ironicamente rirão e subitamente julgarão.
Não mais o Príncipe, tampouco Rei. Talvez um palhaço desmaqueado ou mesmo um louco. “Não importa o quanto você se importa. Há pessoas que simplesmente não se importam...”

Dia após dia.

Embora cansado e tonto, me emociono mesmo assim. Pois a saudade de alguns dias ‘felizes de orelha a orelha’ sempre fará parte do futuro também; quando a lembrar-mos. Mesmo que sempre consciente, a vida novamente me prega peças. E eu, que sempre fui louco, hoje me torno merecedor de um quarto acolchoado e quem sabe até de um moletom ou jaqueta de força. Não reivindico nada além do que mereço. Disfarçadamente o faço a mim mesmo enquanto, por vezes, a vida me testa e atesto que no mundo em que vivemos ainda encontro gente que também vive no meu mundo. Fantástico!
Aprendendo sempre, torno-me. E é isso que me importa.

sábado, 3 de julho de 2010

É isso ai!


São tantas coisas. De dentro do cérebro até o digitar - dos olhos do pensamento ao ato de agir. Verdadeiras visões que ao mesmo tempo em que me deixam feliz, me torturam; tem-me por aprendiz e acomodado ao mesmo tempo. Contudo, me sinto perdido em meus conceitos nos últimos dias. As expressões e as teclas me fogem nas horas que eu mais necessito. Sim, necessito. Pois se ao contrário fosse, eu seria uma árvore ou um qualquer.
Mas com o tempo que sempre passa sei cada vez mais o que quero, me importo menos com o que não quero e com aqueles que não se permitiram me conhecer nem a ver o que eu vejo. Crio muito mais, e, por saber “o porquê que eu vim”, fica mais fácil encontrar o caminho.
Então sinuosamente o sigo com quem e por onde for; pois nessa vida onde até um pé na bunda empurra agente pra frente, faço questão de sentar sempre na primeira fila.

Fugir da realidade as vezes, sempre o traz de volta com mais discernimento.