Clóvis de Castro

... como aprendiz, questiono tudo.Até a mim mesmo por vezes. Assim fortaleci minha autoconfiança, meus olhos e meus sentidos...

Um em especial.

O Sexto...

(Clóvis de Castro, ás 14:53 do dia 20 de janeiro de 2010)
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terça-feira, 17 de julho de 2012

Sinto falta...



Eu vivo em um mundo diferente em que a maioria vive. E... sabe, eu sinto falta do que não tenho. Falta do normal, do passivo, do coloquial e do natural. Eu não sou assim, mas sinto falta.
Não digo falta todos os dias, nem de dia nem de noite. Sinto falta por alguns instantes. Quando eu vejo o sol se pondo, quando eu escuto uma música jovem, quando eu vejo uma foto que transmita felicidade.
E de certo que passo, e passamos, por um momento difícil, mas o fato é que meu caminho é construído exatamente deles. Um abrindo e preparando a estrada para o outro. Disso tudo chego à conclusão de que se vos escrevo hoje, os venho superando. Mas naqueles momentos que essa ficha cai, o pensamento esvai e o prazer momentâneo toma conta dos meus olhos, do meu corpo, do meu querer. ..Ah, isso é fascinante! Mas tão longe do meu ser. Longe do meu caminho natural, do meu polo magnético.
Sei lá, tem aquele momento que tu cansa de ser forte.
Sinto falta de ler. De escrever. De cozinhar. Sinto falta de correr. Eu sinto falta de tudo que eu mais amo fazer, e juro pra ti que lê: eu reparei isso agora, depois de escrito.
Sinta falta do dinheiro, do verão. Sinta falta da novela que acabou ou dos tempos de criança. Mas se por algum momento de sanidade como esse meu, você sentir falta de algo que ama, e que possa reverter... AME, não deixa que a falta se torne rotina, que o palco esteja ante a cortina, que o próprio caminho te impeça de viver.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Sem criatividade pra um título.



Eu estou explodindo, colidindo comigo mesmo. Falta-me paciência, me falta memória no computador. To cansado de dor, calor, mesmice e cegos.

Eu não consigo ler três linhas sem parar, sem criticar, sem me distrair ou quase enlouquecer, como se um compromisso de uma conclusão textual fosse o caminho para forca. Talvez seja, e isso faz de mim um perfeito e continuo mutante de olhos frágeis e sem memória. Hoje até os sons comuns me tiram do sério. Tudo ou nada, quase tudo ou quase nada.

Eu queria era arrancar a tecla ‘backspace’ do meu teclado e jogar essa merda toda no ventilador. Socar com o punho devagar, como quem carrega um canhão de pólvora, sem pressa, só por rotina. Ser o vilão por uma vez sequer, ‘por gosto’ e com gosto – gosto daquilo que eu não posso ter (não posso, não pude... tanto faz).

Faz bastante tempo que eu não escrevo, e nem escrevi nada. Eu nem conheço mais a pontuação do português. Nem a minha língua, nem a capacidade de expressão que uma situação como essa é capaz de me trazer.

Chego perto do fim – julgo.

Fim.

quarta-feira, 7 de março de 2012



Você para, olha pro lado e vê. Percebe que a natureza é linda, gigante e se sente parte dela. Uma parte com uma missão especial: Auto-admirar-se.
As águas caem, o vento a acompanha... o pensamento aventureiro se atreve a imaginar-se abaixo, como quem segura as toneladas d'água nas costas. Impossível. Mas permaneço ali, imóvel. Nenhum segundo é igual ao outro, e nenhum litro volta a cair novamente naquelas pedras verdes e vivas.
Tudo se transforma.
Desco mais um pouco. Já nem escolho onde acomodar os pés. Tudo é meu e eu. O pensamento se esvai, e, o que me diferenciava de alguma forma, se dissipa e me domina ao mesmo tempo. Somos e sou.

E eu vivo minha pequenês, meu dilema, minha necessidade de pertencer. Pertencer a tanta beleza, poder e simplicidade que o mundo moderno faz de conta que não vê.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O poder da auto-persuasão.


Porque eu me deixo sentir saudades de mim mesmo? Porque fico dias sem escrever, sem ler, sem correr ou cantar durante o banho?
Eu me convenci que esse ano ia ser um pouco diferente.
Menos creme na escova de dente, menos gente incompetente me dizendo o que eu sinto, toco ou vejo pela frente.

Me convenci que preciso fazer academia. Nos outros anos me faltou preparo físico pra colocar em prática o que a língua já se cansa de falar.
Outra coisa: Usar menos o falar. Me convenci disso também.
Me convenci que sou jovem. Me convenci que estou ficando velho.

Me convenci também que minhas habilidades de persuasão estão funcionando até para mim mesmo, e que é assim com tudo na vida. Eu sou o exemplo e a prática nessa subida .E que não importa o tamanho da ferida; No fundo quem a aumenta ou a cicatriza é tu mesmo, e que o EU da gente pode sim mover montanhas.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

- Boemia de hoje.



À noite, minha cama fica cheia do meu corpo e meus dedos escrevendo torto em uma vontade imensa de falar.

Então eu deixo, e não me queixo nem por um momento porque eu sei que é desse jeito que eu descubro o mundo e o mundo me vê.

Me vê feliz e mais feliz eu quero estar, e lhes garanto que antes mesmo de acordar viverei tudo isso ao tempo,
em tempo,
ao luar.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Chega!



Chega mais perto, vem curtir o carnaval que está quase ai..
Chega de mesmice, de voltas e trocas de calendários. Cansei de ver otários tomarem isso como filosofia.

Ah, chega!
Chega de analisar e espectar. O mundo é mais bonito quando visto 'de passada'. Esse é o verdadeiro detalhe que se deve preservar.

Mas chega, puxa um banco e te acomoda. Agora está na moda modelar o destino debilitado a essa mesmice. Tolice.

Então chega! Chega de contar as histórias passadas. Está na hora de reinventá-las - eu adoro isso.
Tá, chega! O mundo me chamou pelo nome e eu disse:

- Presente, 'fessôr'.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Dificuldades vagas.

É difícil explicar a imensidão de coisas que passam ao mesmo tempo em minha cabeça. Assuntos de cunho e importâncias diversas. São tantos futuros, tantas possibilidades, realidades. Tantos anseios e paixões. Paixões?
Difícil sentar aqui e expor, traduzir em palavras tudo isso. Existe em mim um certo egoísmo ou egocentrismo que faz com que eu acredite que tudo o que penso ou acho é importante pra alguém. Essa coisa que faz com que eu pare tudo, até de dormir, e abra o coração, a mente ou a memória, e palavra por palavra disponha alguma idéia ou fato nessas presentes linhas. Até a certeza de que alguém vai entender ou se identificar, existe. Vive. Como que me confortasse de alguma forma. Também é difícil assumir isso, mas meus gostos sempre tangem às impossibilidades.
Agente aprende tanto sobre a teoria (os que aprendem alguma coisa), mas a prática, as vezes ou sempre, se torna uma imensidão... Minha louça está suja a 4 dias e na correria do meu tempo não parei para lavá-la. A teoria é clara; os meus olhos e os cristais limpos também. De que adianta ou importa?
Hoje caminhando na rua eu reparei em uma árvore - de fundo algum morro que rodeia a cidade - e pensei: Será que alguma vez na história vivemos da maneira que pensamos ser a ideal, com princípios e amores inquestionáveis? Será que no momento onde não existia moda, informatização, comunicação e tantos outros luxos que julgamos nocivos, fúteis ou mal-aproveitados, vivíamos e pensávamos diferente de hoje? São perguntas um tanto quanto filosóficas, mas me explique: quem pensa nisso as 5h da tarde, com um sol rachando a cabeça e mil atribuições por concluir? Talvez o meu caminho bamboleie por dúvidas como essa. Não me permito ser hipócrita nem cabeça dura e acredite: isso me faz um bem...
Minha parede não se cansa de me olhar. Meus mecanismos de defesa não se cansam de me cobrar. Minha mente não se cansa de imaginar coisas e mais coisas que não me competem... e a teoria cansa meus olhos. O sol cansa meus olhos. O fundo branco dessa tela também, e não me sobra nem mais uma palavra. Acabou.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Meia tarde.

Nada me define tanto quanto a escrita. É completamente meu transformar sentimentos em palavras; Palavras em frases, rimas; Rimas em canções e canções em eternos déjà vu's.
Nada me fortalece tanto quanto a criação. Inspiração que vem como a rebentação. Não tem chão, vão ou mal-tempo. Nem sei como um desalento pode tomar tamanha forma e beleza!
Sim! Mesmo sem essa certeza meus dedos correm ao teclado guiados por algum sentido que não controlo. E se as vezes choro por isso tudo, descubro que era a parte que faltava. Um colo talvez resolva... ou um sofrido dia de trabalho. O fato é que de algum retalho esse coração sente falta.


Tava aqui, achei...  ;p
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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

- Para ela;



É incrível como tua imagem me traz felicidade. Uma vontade inexplicável de ver o lado bom das coisas. A maneira como te sai o som - como lhe caem as canções e as carícias. Elas são de mim para ti, e sempre vão ser.

Minha linda, minha vermelha... Olhar-te faz com que nunca esqueça quem sou, de onde vim e o porque de muitas coisas. Quantos deles descobrimos juntos!? Quantas risadas, gargalhadas, lágrimas e milhares de explosões hormonais e sensações inigualáveis!? O teu colo é tão bom...
Ainda lembro como se fosse hoje a primeira vez que a vi.
Amor a primeira vista!
Te disputei por não ter escolha, mas a nossa já estava feita. Tu seria minha e eu, seu - tu como minha Diva e eu como seu Morfeu.

Camarada, festeira, companheira do meu dom. Nunca me negou um ombro, um beijo ou uma noite em claro.
Claro que já tive outras.
Poucas, mas outras... e nenhuma do seu tom.
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domingo, 22 de janeiro de 2012

Achei nos papéis antigos.



Eu não tenho dinheiro, nem vergonha pra muitas coisas...
Eu levo uma vida diferente do que quase todos levam, e, embora eu "não seja ninguém”, eu tenho o que me faz bem. Deito e durmo, e continuo acreditando no sonho depois de “vivo”. Assumo meu papel na realidade, e apresento meu ego a todas situações. Não perco por desleixo ou comodidade, mas com a certeza do acerto.

Eu não tenho dinheiro, nem vergonha pra muitas coisas...
Mas tenho a felicidade difundida na gargalhada de praxe, uma cor de rapadura-de-leite no verão e um coração que às vezes chora...

                                                                       ... por não caber dentro das costelas.


( Clóvis Castro, ás 11:44 do dia 05 de novembro de 2009)