Clóvis de Castro

... como aprendiz, questiono tudo.Até a mim mesmo por vezes. Assim fortaleci minha autoconfiança, meus olhos e meus sentidos...

Um em especial.

O Sexto...

(Clóvis de Castro, ás 14:53 do dia 20 de janeiro de 2010)
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segunda-feira, 21 de junho de 2010

6x9 = To com vergonha de falar... 69!


Me sinto tão estranho quando penso em estudar. Fico feliz, pois tenho facilidade em aprender qualquer coisa, e mais ainda por ter vontade – isso na verdade que me deixa mais feliz, e que acontece com menos freqüência no âmbito em que vivo.
Vejo amigos se formando, começando o curso dos seus sonhos e felizes tanto quanto despreparados para a vida. Não sei definir se a educação familiar falha, ou eles desaprendem na faculdade, mas observo que a fase universitária na vida dos jovens hoje em dia é demasiada desfocada, desvirtuando relutantemente o convívio social. Dificilmente vê-se algum aluno na faculdade realmente se preparando para a vida, seja ela pessoal ou até mesmo profissional. Festas, provas como se fossem bichos-papão e o diploma de uma vez pra se livrar do despertador.
Lembro que quando no ensino médio, sempre questionei meus professores sobre a importância da matéria escolar no dia a dia, na criação dos meus futuros filhos e na formação do meu caráter. Na verdade a maioria dos professores sabe e acomoda-se com a idéia de apenas preparar os alunos para o vestibular (como se fosse um vilão e o principal empecilho para a realização acadêmica – no Brasil talvez seja.). Não sei se responsabilizo demais a escola por valores que deveriam ser criados em casa, pois sei que existem muitos filhos que se formam pelos pais, como projeções de uma vida frustrada. Pais que cobram o estudo dos filhos e acham que o diploma é o único responsável pelo sucesso profissional e até pessoal. “Que trabalho o que meu filho; que experiência que nada meu filho, eu pago os teus Xerox... O canudo é o que vale...”. Mas sei que na faculdade de medicina não ensinam os formandos como lidar com os salários de R$ 10.000 (ou mais) mensais, e que também nem pais incentivam a real preparação emocional para a vida dos filhos. E mais, jamais esquecem de cobrá-los pelo êxito imediatamente após receber o canudo - “Olha só, já é um homenzinho!” Esperam um ano e já estão falando aos amigos mais próximos do acomodamento do filho - “Já se formou a um ano e ainda não arrumou algo que preste...” (mais de R$ 3.000 mensais) sendo que não se lembra da tabuada.
Despreparados, imaturos, endividados e depressivos. Jovens futurísticos com a cara da educação falha que claro, só é assumida em estado crítico (eu acho que já está) e facilmente resolvida com uma campanha nacional, comotiva e sem nexo. Até lá muita grana rolando, importações e mão de obras estrangeiras! Dá até vontade de chorar quando vejo as ‘baita’ três opções na hora de votar...

4 comentários:

  1. hehe queinteressante... infelizmente é verdade isso, felizmente eu lembro da minha avó (graduanda em história, professora há mais de 30 anos) sempre me dizendo... estuda enquanto tiver vontade, mas nunca dispensa os porres com teus amigos... são eles e não o canudo que estarão sempre alí! ... pena não posso dividir a minha avó com todo mundo... mas se eu conseguir passar0,1 por cento de tudo o q ela me ensinou pros meus filho, já vai ter valido a pena!!
    òtima reflexão...parabéns

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  2. ah..e sobre a faculdade não preparar pra vida..é,
    tenho que concordar, na faculdade tem muita gente interesseira, que só busca vender sua imagem...eu acredito que mundo a fora as pessoas sejam mais confiáveis!

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  3. Bah, muito interessante o texto, realmente e infelizmente é uma verdade. Aprende-se muita teoria e muito pouca prática.
    Mas o que se destaca a meu ver é a imaturidade de lidar com desafios, que infelizmente ou felizmente só é aprendida no trabalho, a se auto superação e a autoconfiança.

    E realmete não existe de fato alguém para responsabilizar, os pais bem ou mal educam da maneira que sabem ou que podem, a escola e a universidade da mesma maneira, normalmente a maneira errada já repetida pelos antepassados...

    Mas "a esperança é a última que morre", meu otimismo, meio enfraquecido ainda continua aqui..

    Parábens pelo blog...já adicionei ao meus favoritos aqui, muito bom!

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  4. Acredito fielmente que talvez não responsabilizemos a escola, ela sim seria a alavanca para tudo. Alunos bem educados e instruídos seriam ótimos pais no futuro deles. Parece tentador no papel, mas nos dias de hoje quase impraticável. A não ser que pintemos as caras e...

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